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Nota de R$ 200: qual a razão de tanta polêmica?

31 de julho de 2020
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Na última quarta-feira (29), o Banco Central anunciou o lançamento da nota de R$ 200,00 e isso gerou grande repercussão no país. Especialistas em Economia de todo Brasil tentam explicar o porquê de todo esse alarde por parte da população.

Em primeiro lugar temos o fator medo, podemos acreditar que a população que viveu o período de alta inflação (anos 80 até meados dos anos 90) esteja associando esse lançamento à um movimento inflacionário e desvalorização da moeda. Além do fator surpresa, pois não houve uma divulgação desta intenção por parte do governo federal, até o anuncio em si.

Parte da população também está inclinada a criticar essa medida pois poderia facilitar a lavagem de dinheiro. E o histórico de corrupção no país justifica essas críticas. “O dobro do dinheiro, cabendo na mesma mala”, alguns dizem.

Apesar destes fatores, os economistas apontam que o Brasil está bem longe de voltar a ver de volta altos índices de inflação. Pelo contrário, com a economia em retração este ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo dos 2% em 2020. E quanto à corrupção, não é a nota que induz à prática de crime, e sim os princípios de quem o pratica.

Será a primeira vez em 18 anos que o real ganhará uma cédula de novo valor.

Por que o BC decidiu criar a nota de R$ 200 agora?

O Banco Central afirmou que a decisão, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), foi tomada para “atender ao aumento da demanda por dinheiro em espécie que se verificou durante a pandemia de covid-19”.

Um dos motivos para o aumento da demanda por cédulas é o que o Banco Central chama de entesouramento, que é o dinheiro guardado em casa.

“Não só o Banco Central do Brasil, mas bancos centrais de outros países observaram o entesouramento desde que a pandemia começou. Isso não é um fenômeno típico do nosso país. Em momentos de incerteza, as pessoas tendem a fazer saques e acumular reservas. O dinheiro, em tempos de incerteza, é sinal de segurança, estabilidade”, disse a diretora de Administração do Banco Central, Carolina de Assis Barros.

Mas isso não vai contra um movimento mundial de ampliar a quantidade de transações por meio digital?

Embora em muitos países a circulação de cédulas esteja diminuindo e muitos estabelecimentos nem aceitem dinheiro em espécie, o Banco Central afirma que, no Brasil, o pagamento em espécie ainda é o meio mais frequente. Em uma pesquisa feita em 2018, 60% dos entrevistados responderam que o dinheiro era a forma de pagamento que eles mais utilizavam.

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