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O impacto da redução da Taxa Selic

9 de janeiro de 2020
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Nas últimas semanas, muito se falou sobre redução da taxa Selic. Diversos especialistas se pronunciaram sobre o tema. O fato é que mediante essa queda, a população brasileira fica se questionando o quanto isso impacta diretamente no seu bolso e nos seus negócios.

Primeiro, vamos entender do que se trata a Selic.

A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, que influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de financiamentos, empréstimos e investimentos. A Selic é utilizada pelo Banco Central como instrumento de política monetária para controle da inflação, aproximando-a da meta anual. O nome “Selic” significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, uma infraestrutura do mercado financeiro administrada pelo Banco Central, onde são realizadas transações de títulos públicos federais.

No dia 11 de dezembro de 2019, o COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu cortar a taxa Selic de 5% para 4,5% ao ano, atingindo o menor patamar da história. Foi o quarto corte consecutivo de 0,5 ponto percentual.

Qual o impacto?

Eis a questão.

A mudança na taxa impacta três pilares financeiros do país. Além da inflação, ela afeta o rendimento de diversos investimentos e as taxas de empréstimos, cada um da sua maneira.

Quanto à inflação, aumentar a taxa Selic causa desaceleração na economia e impede que a inflação fique elevada. Ou seja, quando ocorre a redução, a taxa provoca estímulo ao consumo aquecendo a economia, aumentando a inflação para deixá-la próxima da meta.

Com a Selic em 4,5% ao ano, os investimentos de renda fixa disponíveis no mercado como poupança, CDBs pós-fixados, fundos DI e títulos do Tesouro Selic passam a oferece remuneração menor, já que seu rendimento é atrelado à taxa Selic ou à taxa DI, muito próxima da taxa básica de juros, e deixam de ser atrativos. Em busca de maior rentabilidade, os investidores tendem a migrar seus investimentos para renda variável, como ações ou fundos de ações, pois a Bolsa se comporta de forma própria de acordo com a situação de cada empresa.

Quanto aos empréstimos, essa impacta diretamente as empresas. Com a queda da Selic, os empresários conseguem tomar empréstimos mais baratos, pois os juros cobrados nessas operações pelos bancos estão atrelados a Selic, ficam menores e estimulam a captação de verba pelas empresas, muitas vezes utilizada para investir no crescimento da empresa ou “trocar” dívidas com juros maiores por linhas de juros menor. Também se aplica a pessoas físicas, que passam a ter crédito mais acessível.

 

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